Testosterona Baixa em Homens: Entenda as Causas, Sintomas e Tratamentos

O que é a testosterona?

A testosterona desempenha um papel crucial como o principal hormônio masculino, também conhecido como androgênio. Em primeiro lugar, ela contribui significativamente para a força muscular. Além disso, influencia diretamente o desejo sexual. Por fim, também é fundamental para a manutenção da densidade óssea.

Quando os homens produzem pouca testosterona, os médicos chamam essa condição de hipogonadismo, mais comumente conhecida como testosterona baixa, mas também que se pode associar a redução na produção de espermatozoides, gerando infertilidade. É importante notar que, à medida que os homens envelhecem, seus níveis de testosterona naturalmente diminuem um pouco. No entanto, essa redução geralmente não causa sintomas perceptíveis.

O que causa testosterona baixa em homens?

Diversos fatores podem levar à baixa produção de testosterona. Vamos explorar as principais causas:

  1. Problemas nos testículos: Em primeiro lugar, a causa mais comum é uma alteração genética chamada síndrome de Klinefelter. Além disso, outras condições podem afetar os testículos, tais como:
    • Não descida dos testículos durante a infância (criptorquidia)
    • Lesão testicular
    • Infecção testicular
  2. Distúrbios que afetam a glândula hipófise: A hipófise, localizada na base do cérebro, controla outras glândulas, incluindo os testículos. Consequentemente, condições que afetam a hipófise podem interferir na produção de testosterona.
  3. Alguns tratamentos para câncer: Neste grupo, incluímos:
    • Radiação
    • Quimioterapia
    • Terapia hormonal para o câncer de próstata
  4. Uso de certas substâncias: Por um lado, temos os opioides. Por outro lado, os esteroides anabolizantes também podem causar problemas.
  5. Outras comorbidades: Por fim, não podemos esquecer de mencionar:

Quais são os sintomas de testosterona baixa?

Os sintomas de testosterona baixa podem variar, mas geralmente incluem uma série de manifestações. Primeiramente, podemos observar:

  • Cansaço e indisposição, especialmente no final do dia
  • Redução do interesse por sexo (também chamada de “baixa libido”)
  • Dificuldade em obter ou manter uma ereção
  • Tristeza e alterações de humor

Com o passar do tempo, outros sintomas podem se desenvolver. Entre eles, destacamos:

  • Perda de massa muscular
  • Redução da densidade óssea (ver osteoporose)
  • Perda de pelos faciais ou corporais
  • Desenvolvimento de ginecomastia (crescimento de tecido mamário em homens)

Quando e como investigar os níveis de testosterona?

Se você apresenta os sintomas mencionados acima, é crucial investigar seus níveis de testosterona. Para obter resultados precisos, siga estas recomendações:

  1. Em primeiro lugar, o melhor horário para dosar testosterona é pela manhã, preferencialmente entre 7h e 10h.
  2. Em seguida, é importante saber que a maioria dos laboratórios considera níveis normais de testosterona entre 300 e 800 ng/dl.
  3. No entanto, não há consenso sobre o nível exato que define testosterona baixa. Geralmente, adotamos os seguintes parâmetros:
  • Níveis acima de 400 ng/dl são considerados normais
  • Por outro lado, níveis abaixo de 250 ng/dl são classificados como baixos
  • Já os níveis entre 250-400 ng/dl são valores que necessitam de mais avaliação

Lembre-se: uma única dosagem baixa não confirma o diagnóstico. Portanto, é fundamental repetir o teste para confirmar os resultados.

Tenho testosterona baixa, e agora?

Se você recebeu um diagnóstico de níveis baixos de testosterona, não se preocupe. O primeiro passo que seu médico dará é investigar a causa subjacente. Como mencionamos anteriormente, a testosterona baixa pode resultar de diversos fatores. Por um lado, temos os problemas testiculares (incluindo síndromes genéticas). Por outro lado, alterações na hipófise (como tumores) também podem ser responsáveis.

Em alguns casos, o tratamento de outras condições pode normalizar os níveis de testosterona. Por exemplo:

  • Em caso de prolactina alta, seu tratamento pode ser eficaz
  • Além disso, perder peso em caso de obesidade também pode ajudar

Portanto, é crucial entender que simplesmente iniciar a reposição de testosterona não é a única abordagem a ser considerada. Na verdade, uma investigação completa é essencial antes de qualquer decisão de tratamento.

Como tratar testosterona baixa?

Quando o tratamento é necessário, a reposição de testosterona é a abordagem padrão. No Brasil, temos duas formas principais de administração disponíveis:

  • Injetáveis intramusculares: Nesta categoria, encontramos:
    • Cipionato de testosterona
    • Fenilpropionato + isocaproato + propionato + decanoato de testosterona
    • Undecanoato de testosterona
  • Gel de testosterona

Seu médico poderá orientá-lo sobre a melhor escolha para o seu caso. Embora o tratamento com testosterona geralmente seja seguro quando prescrito adequadamente, ele pode apresentar alguns riscos. Por isso, é fundamental manter um acompanhamento médico regular durante o tratamento.

A testosterona baixa sempre deve ser tratada?

Não necessariamente. O tratamento deve ser indicado apenas na presença de sintomas significativos. É importante considerar alguns fatores:

  • Em primeiro lugar, em homens com mais de 60 anos, é normal que a testosterona diminua um pouco com o envelhecimento.
  • Consequentemente, essa diminuição natural pode resultar em menos energia ou interesse por sexo.

Para homens com mais de 60 anos, os médicos geralmente seguem este processo:

  1. Inicialmente, realizam exames para verificar se os sintomas são causados por outra doença ou condição tratável.
  2. Em seguida, consideram o tratamento com testosterona apenas quando:
  • Os sintomas estão claramente relacionados à testosterona baixa
  • Além disso, os níveis de testosterona são comprovadamente baixos
  • Ademais, após uma cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios da reposição
  • Por fim, na ausência de condições que contraindiquem o uso

Lembre-se, cada caso é único. Portanto, a decisão de tratar deve ser tomada em conjunto com seu médico, considerando sua saúde geral e qualidade de vida. Em todo caso, o objetivo é garantir o melhor resultado possível para cada indivíduo.

Menopausa: O Que Esperar e Como Lidar com os Sintomas

O que é a menopausa?

A menopausa marca uma fase significativa na vida da mulher, caracterizada pelo encerramento natural do ciclo menstrual. Geralmente, consideramos que uma mulher entrou na menopausa quando ela passa um ano inteiro sem menstruar. Durante esse período, os ovários cessam a liberação de óvulos e, consequentemente, reduzem a produção dos hormônios estrogênio e progesterona.

Normalmente, a menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos. No entanto, é importante ressaltar que essa transição não acontece de forma abrupta. Na verdade, existe um período de transição chamado perimenopausa, que pode durar anos. Durante essa fase, as mulheres frequentemente experimentam diversos sintomas, bem como mudanças no intervalo entre as menstruações e alterações no padrão de sangramento, até que finalmente a menstruação cesse por completo.

Como saber se estou passando pela menopausa?

Para identificar se você está entrando na menopausa, fique atenta às seguintes mudanças no seu ciclo menstrual:

  1. A menstruação ocorre com mais ou menos frequência do que o normal (por exemplo, a cada 5 a 6 semanas em vez de a cada 4)
  2. Os períodos menstruais se tornam mais curtos do que antes
  3. Você começa a pular um ou mais períodos menstruais
  4. Surgem sintomas como ondas de calor

E se eu fiz histerectomia? Como saber se estou na menopausa?

Se você passou por uma histerectomia (cirurgia para remover o útero), mas seus ovários foram preservados, pode ser desafiador identificar o início da menopausa devido à ausência de menstruação. No entanto, mesmo sem útero, você ainda pode apresentar sintomas da menopausa.

Por outro lado, se ambos os ovários foram removidos antes da idade normal da menopausa, os médicos chamam isso de “menopausa cirúrgica”. Nesse caso, a menopausa já está presente porque os ovários foram removidos.

Quais são os sintomas da menopausa?

Embora algumas mulheres passem pela menopausa sem sintomas significativos, a maioria experimenta pelo menos um dos seguintes:

  1. Ondas de calor: Essas sensações geralmente começam no peito e no rosto, depois se espalham pelo corpo. Normalmente, iniciam antes do fim da menstruação, durante a perimenopausa.
  2. Suores noturnos: As ondas de calor frequentemente se intensificam à noite, resultando em suores noturnos que podem perturbar o sono.
  3. Problemas de sono: Durante a transição para a menopausa, muitas mulheres enfrentam dificuldades para adormecer ou manter o sono, mesmo que os suores noturnos não sejam um problema.
  4. Secura vaginal: Com a menopausa, a vagina e os tecidos circundantes podem se tornar secos e finos. Esse sintoma geralmente começa alguns anos após a menopausa e pode causar desconforto, tornar o sexo doloroso e aumentar o risco de infecções do trato urinário.
  5. Depressão: Muitas mulheres começam a experimentar sintomas de depressão ou ansiedade durante a transição para a menopausa. Isso é mais provável se houver histórico de depressão anterior.
  6. Dificuldade de concentração ou memória: Essas dificuldades podem ser causadas pela falta de sono ou pela diminuição do estrogênio, que alguns especialistas acreditam ser importante para o bom funcionamento cerebral.
  7. Dores de cabeça: Se você já sofre de enxaquecas relacionadas à menstruação, elas podem se intensificar durante a menopausa.
  8. Dor nas articulações: Algumas mulheres experimentam dores articulares durante e após a menopausa.

É importante notar que muitos desses sintomas tendem a melhorar com o tempo. No entanto, algumas mulheres continuam a ter ondas de calor por anos.

Quando devo procurar um médico?

Você deve buscar orientação médica nas seguintes situações:

  • Se apresentar irregularidade menstrual antes dos 45 anos, com ou sem sintomas de menopausa
  • Se tiver menos de 40 anos e estiver experimentando irregularidade menstrual e sintomas de menopausa
  • Se o seu sono estiver sendo afetado por suores noturnos
  • Se as ondas de calor estiverem dificultando seu trabalho
  • Se você se sentir triste ou deprimida
  • Se sua menstruação ocorrer com mais frequência do que a cada 3 semanas
  • Se o sangramento durante a menstruação for muito intenso
  • Se houver sangramento ou “manchas” entre as menstruações
  • Se você já passou pela menopausa (12 meses sem menstruar) e começou a sangrar novamente, mesmo que seja apenas uma mancha de sangue

Ainda posso engravidar durante a menopausa?

Enquanto você ainda menstruar, mesmo que não seja com frequência, existe a possibilidade de engravidar. Portanto, se você mantém relações sexuais e não deseja engravidar, é crucial usar algum método contraceptivo.

No entanto, se a sua menstruação estiver ausente por um ano inteiro, provavelmente é seguro afirmar que você passou pela menopausa e não pode mais engravidar.

Como tratar a menopausa?

Existem várias opções de tratamento para os sintomas da menopausa:

  1. Terapia hormonal: O estrogênio é o tratamento mais eficaz para os sintomas da menopausa. Se você ainda tem útero, precisará tomar estrogênio junto com progesterona. Mulheres que fizeram histerectomia podem tomar apenas estrogênio.
  2. Antidepressivos: Certos tipos de antidepressivos podem aliviar as ondas de calor e a depressão. Mesmo se você não tiver depressão, esses medicamentos ainda podem ajudar com as ondas de calor.
  3. Medicamentos anticonvulsivantes: Alguns medicamentos usados para prevenir convulsões também podem ajudar com as ondas de calor, mesmo em pessoas que não têm convulsões.

Para tratar a secura vaginal, as opções incluem:

  1. Estrogênio vaginal: Disponível em formas de cremes ou comprimidos, o estrogênio vaginal é aplicado diretamente na vagina em pequenas doses.
  2. Hidratantes vaginais: Estes produtos não contêm hormônios e ajudam a manter a vagina úmida constantemente.
  3. Lubrificantes: Podem ser usados durante o ato sexual para reduzir o desconforto.

O que mais posso fazer para aliviar os sintomas da menopausa?

Além dos tratamentos médicos, você pode adotar algumas medidas para melhorar sua qualidade de vida durante a menopausa:

  1. Se você fuma, pare de fumar. Isso pode ajudar a aliviar os calores e suores noturnos.
  2. Para melhorar o sono, estabeleça uma rotina de sono regular, evite cafeína à tarde e à noite, e reduza o consumo de álcool.
  3. Para melhorar o humor, mantenha-se ativa, faça exercícios regularmente e considere buscar ajuda de um psicólogo.
  4. Consulte seu médico antes de tomar qualquer “remédio natural”, especialmente se você tem histórico de câncer de mama. Muitas ervas e suplementos não têm eficácia comprovada e, em alguns casos, podem até ser prejudiciais.

Lembre-se, a menopausa é uma fase natural da vida. Com o cuidado e o tratamento adequados, você pode navegar por essa transição com conforto e saúde.

Osteoporose: Tudo o que você precisa saber

O que é Osteoporose?

A osteoporose é uma condição de saúde caracterizada pela redução da massa óssea. Consequentemente, os ossos se tornam mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Por exemplo, uma pessoa com osteoporose pode sofrer uma fratura após uma queda leve, como escorregar no chão, sem necessariamente estar em uma escada ou em maiores alturas. Este tipo de incidente é conhecido como fratura de fragilidade.

É importante ressaltar que quebrar um osso pode ser uma condição grave, especialmente se for o osso do quadril. Nesse caso, pode haver dificuldade na mobilidade, limitando a independência e, como resultado, reduzindo a expectativa de vida. Portanto, o principal objetivo na identificação e no tratamento da osteoporose é evitar fraturas.

O que é Osteopenia?

Similarmente à osteoporose, a osteopenia também indica baixa massa óssea. No entanto, pessoas com osteopenia têm um risco menor de fratura comparado àqueles com osteoporose. Apesar disso, é crucial entender que o risco ainda existe.

Como Saber se Tenho Osteoporose ou Baixa Massa Óssea?

Uma característica importante da osteoporose é que ela não causa sintomas até que ocorra uma fratura. Por isso, a ausência de sintomas não significa necessariamente ausência de osteoporose. Da mesma forma, a presença de dor não indica obrigatoriamente osteoporose, a menos que haja uma fratura. Assim sendo, o melhor exame para avaliar a presença de osteoporose é a densitometria óssea.

Quando Realizar Densitometria Óssea?

Mulheres Pós-Menopausa

As mulheres pós-menopausa são as que têm maior risco de osteoporose. Portanto, recomenda-se a realização de densitometria para mulheres com mais de 65 anos. No caso de mulheres pós-menopausa mais jovens, o exame é indicado quando há outros fatores de risco para osteoporose, tais como:

  • História de fratura por baixo trauma
  • Baixo peso
  • Uso de glicocorticoides
  • Tabagismo
  • Diagnóstico de outras comorbidades que aumentam o risco de osteoporose, como menopausa precoce, hipertireoidismo, ou má absorção gastrointestinal (por exemplo, pós cirurgia bariátrica, em decorrência de Doença Celíaca, Gastrite atrófica…)

Homens

Para os homens, a indicação de densitometria óssea não é baseada na idade, mas sim na presença de fatores que aumentem o risco de fraturas. Estes fatores incluem:

  • História de fraturas de baixo trauma
  • Perda de mais de 3,8 cm de altura
  • Uso de glicocorticoides de longo prazo
  • Tratamentos específicos para câncer de próstata
  • Hipogonadismo
  • Hiperparatireoidismo
  • Má absorção gastrointestinal

Como Manter a Saúde Óssea?

Para manter uma boa saúde óssea, é recomendável seguir estas orientações:

  1. Consumir alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte e vegetais de folhas verdes. É importante destacar que o leite e seus derivados são especialmente importantes para manter a massa óssea, devendo ser estimulados, principalmente em pessoas com maior risco de osteoporose.
  2. Manter níveis adequados de vitamina D para a idade. A melhor maneira de aumentar a produção de vitamina D é através da exposição ao sol.
  3. Se os níveis de cálcio e vitamina D não forem suficientes com a dieta e exposição ao sol, considerar a suplementação. Neste caso, seu médico indicará se há necessidade e a dose recomendada. Cuidado com o uso indiscriminado de vitamina D, seu excesso pode causar toxicidade.
  4. Praticar exercícios por pelo menos 30 minutos na maioria dos dias da semana.
  5. Evitar o tabagismo, pois é prejudicial à saúde óssea.
  6. Limitar o consumo de álcool a 1 a 2 doses por dia, no máximo.

É importante ressaltar que se você tem osteopenia, mas não osteoporose, essas mudanças no estilo de vida muitas vezes são suficientes como tratamento.

Tenho Osteoporose ou Osteopenia, Como Evitar Fraturas?

Evitar quedas é essencial para prevenir fraturas. Aqui estão algumas medidas preventivas:

  1. Remover tapetes soltos. Se houver tapetes em casa, certifique-se de que tenham uma base antiderrapante para mantê-los no lugar.
  2. Garantir iluminação adequada. Mantenha todas as áreas bem iluminadas.
  3. Ter cuidado com pisos escorregadios.
  4. Usar sapatos resistentes e confortáveis com solado antiderrapante.
  5. Consultar seu médico para garantir que nenhum de seus medicamentos cause tonturas ou aumente o risco de quedas.

Tratamento da Osteoporose

Existem medicamentos específicos para tratar a osteoporose que podem reduzir a perda óssea e aumentar a densidade óssea. Seu médico avaliará qual é o mais indicado e se há alguma contraindicação ao uso.

Para mulheres com osteoporose pós-menopausa, o uso de terapia hormonal pode ser uma opção de tratamento.

Para avaliar a indicação do tratamento, o médico deve avaliar alguns fatores, como o resultado da densitometria óssea, calcular o risco de fratura e avaliar história de fratura de fragilidade em algum momento da vida.

O que Fazem os Medicamentos para Osteoporose?

Os medicamentos para osteoporose podem:

  1. Reduzir a perda óssea
  2. Aumentar a densidade óssea
  3. Reduzir as chances de fraturas

É fundamental entender que, para que os medicamentos funcionem adequadamente, é essencial ingerir cálcio e vitamina D suficientes. Seu médico indicará a quantidade diária necessária, e muitas pessoas precisam de suplementos para atingir essa meta.

Medicamentos para Tratar Osteoporose:

  1. Bisfosfonatos (Alendronato, Risedronato): A maioria das pessoas em tratamento para osteoporose começa com esses medicamentos. Se eles não funcionarem bem ou causarem efeitos colaterais incômodos, há outras opções. Os bisfosfonatos estão disponíveis em comprimidos ou injeções, geralmente tomados semanalmente ou mensalmente. Instruções para Tomar Bisfosfonatos: Tome o comprimido pela manhã, antes de comer ou beber qualquer coisa, com um copo cheio de água. Não coma nem beba mais nada durante 30 minutos ou 1 hora e evite deitar-se durante esse tempo.
  2. Denosumabe: Este medicamento bloqueia uma proteína que causa a reabsorção dos ossos, reduzindo assim a perda óssea e o risco de fraturas. Pode ser uma boa escolha para pessoas com problemas renais. No entanto, é importante notar que, ao parar o denosumabe, a massa óssea diminui rapidamente, então não interrompa sem orientação médica.
  3. Analógico PTH ou PTHrP (Teriparatida e Abaloparatida, sendo esta última não disponível no Brasil): São formas artificiais de hormônios que estimulam a produção de massa óssea. Geralmente, são indicadas para osteoporose grave.
  4. Romosozumabe: Este medicamento bloqueia uma proteína que impede a formação de osso, aumentando assim a massa óssea. Também é indicado apenas para osteoporose grave.

Por Quanto Tempo Preciso Tomar Medicamentos para Osteoporose?

A duração do tratamento da osteoporose depende do risco de fratura. Se o risco de fratura se mantiver alto, o tratamento pode ser continuado com segurança por muitos anos. Por outro lado, se o risco diminuir, pode ser possível interromper o tratamento (a depender da medicação em uso) por um ano ou mais, com monitoramento da densidade óssea pelo médico. No entanto, é importante ressaltar que, caso haja perda de massa óssea, pode ser necessário retomar o tratamento.

Em conclusão, a osteoporose é uma condição séria, mas tratável. Com o diagnóstico precoce, mudanças no estilo de vida e tratamento adequado, é possível manter a saúde óssea e prevenir fraturas. Sempre consulte seu médico para um plano de tratamento personalizado.

Entendendo a Obesidade: Causas, Consequências e Tratamentos

O que é obesidade?

A obesidade é uma condição de saúde complexa que se baseia principalmente no índice de massa corporal (IMC). Quando o IMC ultrapassa 30, ocorre o diagnóstico de obesidade. No entanto, é importante ressaltar que a avaliação de uma pessoa com obesidade vai muito além do IMC. Consequentemente, os profissionais de saúde avaliam a saúde como um todo, dando especial atenção à presença da obesidade visceral (gordura dentro do abdome). Esta forma de obesidade, que se acumula em órgãos e músculos, está intimamente relacionada a maiores riscos à saúde.

Como saber se meu peso é saudável?

Para determinar se seu peso é saudável, você pode calcular seu IMC. O cálculo é simples: divida seu peso pela altura ao quadrado. Por exemplo, se você pesa 70kg e tem 1,65m de altura, seu IMC seria 70/(1,65²) = 25,7kg/m².

Aqui está uma classificação geral baseada no IMC:

  • Baixo peso: IMC abaixo de 18,5
  • Peso saudável: IMC entre 18,5 e 24,9
  • Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
  • Obesidade: IMC 30 ou maior

Além disso, os médicos frequentemente medem a circunferência abdominal. Mesmo que o IMC esteja dentro da faixa normal, uma circunferência abdominal aumentada pode indicar “obesidade central”, que está associada a maiores riscos de problemas de saúde.

O que causa a obesidade?

A obesidade resulta de uma combinação complexa de fatores. Primeiramente, os genes desempenham um papel importante, explicando por que pessoas com hábitos semelhantes podem ter resultados diferentes em relação ao ganho de peso. No entanto, o estilo de vida também exerce uma grande influência, o que justifica o aumento na prevalência de obesidade ao longo dos anos.

O estilo de vida moderno, caracterizado por alimentação excessiva, consumo de alimentos não saudáveis, alimentos ultraprocessados e baixa atividade física, contribui significativamente para o aumento da obesidade. Além disso, outros fatores podem aumentar o risco, incluindo:

  1. Hábitos maternos durante e após a gravidez
  2. Ganho de peso durante a infância
  3. Privação de sono
  4. Uso prolongado de certos medicamentos
  5. Condições hormonais, como a síndrome de Cushing

Quais os riscos da obesidade?

A obesidade não é apenas uma questão estética; ela aumenta significativamente o risco de vários problemas de saúde graves. Estes incluem:

  1. Diabetes mellitus tipo 2
  2. Hipertensão arterial
  3. Colesterol elevado
  4. Doenças cardíacas (incluindo infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca)
  5. Acidente vascular cerebral (AVC)
  6. Apneia do sono
  7. Asma
  8. Diversos tipos de câncer

Como posso prevenir os problemas causados pela obesidade?

A melhor estratégia para prevenir os problemas causados pela obesidade é, sem dúvida, perder peso. Contudo, mesmo que a perda de peso não seja imediatamente possível, você pode melhorar sua saúde e diminuir os riscos adotando as seguintes medidas:

  1. Torne-se mais ativo: Comece com alguns minutos de atividade física por dia e aumente gradualmente. Até mesmo uma simples caminhada pode fazer uma grande diferença.
  2. Melhore sua dieta: Estabeleça horários regulares para as refeições, reduza o tamanho das porções e evite pular refeições. Além disso, limite o consumo de doces e alimentos ultraprocessados, substituindo-os por vegetais e frutas.
  3. Pare de fumar: Embora o apetite possa aumentar temporariamente após parar de fumar, fazer escolhas alimentares saudáveis é crucial. Lembre-se, parar de fumar é uma das melhores coisas que você pode fazer para melhorar sua saúde.
  4. Limite o consumo de álcool: Embora não haja um limite seguro absoluto para o consumo de álcool, as recomendações gerais são:
  • Mulheres de qualquer idade: até 1 dose por dia
  • Homens de 64 anos ou menos: até 2 doses por dia
  • Homens de 65 anos ou mais: até 1 dose por dia
    (1 dose = 350ml de cerveja, 145ml de vinho, 40ml de destilado)

Como acompanhar o processo de perda de peso?

Para acompanhar efetivamente seu processo de perda de peso, considere manter um diário. Muitas pessoas não têm uma ideia clara do que consomem em um dia, especialmente quando fazem lanches frequentes (beliscam durante o dia). Um diário pode ajudá-lo a atingir suas metas, registrando:

  1. O que você come e bebe
  2. A atividade física que você realiza
  3. Seu peso ao longo do tempo

Lembre-se, buscar uma mudança de estilo de vida sustentável é mais importante do que seguir dietas temporárias.

Quando é indicada medicação para perda de peso?

Os médicos podem recomendar medicamentos quando a dieta e a atividade física não são suficientes para atingir os objetivos de perda de peso. Geralmente, isso ocorre quando o paciente:

  • Apresenta um IMC de 30 ou mais
  • Tem um IMC entre 27 e 29,9 e problemas médicos relacionados ao peso, como diabetes, doença cardíaca ou pressão alta

No Brasil, a Anvisa aprovou várias medicações para perda de peso, incluindo liraglutida, semaglutida, bupropiona + naltrexona, sibutramina e orlistate. É crucial entender que essas medicações devem ser usadas como parte de um tratamento abrangente, que inclui dieta e atividade física, o uso de medicação de forma isolada sem essas mudanças muito provavelmente não trará resultados a longo prazo.

Posso experimentar medicamentos fitoterápicos ou sem receita para perder peso?

É importante ter muita cautela com produtos sem receita médica para perda de peso. Aqui estão alguns pontos importantes a considerar:

  • Medicamentos fitoterápicos para perda de peso geralmente não são eficazes e podem não ser seguros, podendo até causar danos ao fígado.
  • Produtos manipulados contendo múltiplos componentes podem ter mais efeitos colaterais.
  • Medicamentos para perda de peso vendidos pela internet podem conter substâncias prejudiciais.

Além disso, suplementos como Ephedra, laranja amarga, quitosana, cromo, chá verde, Hoodia gordonii, ácido hidroxicítrico ou ácido linoleico conjugado, e gonadotrofina coriônica humana (hCG) não são recomendados devido à falta de eficácia e segurança comprovadas.

Quando é indicada a cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia para perda de peso, é geralmente indicada quando:

  • O IMC está acima de 40, ou
  • O IMC está acima de 35 e há problemas médicos relacionados à obesidade.

Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica, como o bypass gástrico e o sleeve gástrico. A decisão sobre qual tipo de cirurgia fazer deve ser discutida cuidadosamente com um cirurgião experiente.

Como decidir qual o tratamento para perda de peso é adequado para mim?

Para determinar o tratamento de perda de peso mais adequado para você, é essencial consultar um médico de confiança. Ele poderá orientá-lo sobre as opções de tratamento disponíveis. Algumas perguntas comuns que você pode fazer incluem:

  1. Quanto peso posso esperar perder e em quanto tempo?
  2. Quais são os riscos associados ao tratamento?
  3. Que mudanças precisarei fazer na minha dieta e estilo de vida?

Além disso, é importante considerar os seguintes pontos durante o tratamento:

  • Perder peso não é fácil, mas uma perda de peso de 5 a 15% já pode trazer muitos benefícios para a saúde.
  • Ter metas é importante, mas o peso ideal é aquele onde sua saúde está melhor, não apenas um número na balança.
  • A consistência do tratamento e a manutenção do peso são mais importantes do que a velocidade da perda de peso.
  • Todos os medicamentos para perda de peso podem ter efeitos colaterais, por isso a decisão deve ser tomada em conjunto com o médico.

Estou acima do peso, posso engravidar?

Se você está acima do peso, pode enfrentar mais dificuldades para engravidar. Em homens, a obesidade pode causar problemas sexuais ( ver hipogonadismo), como dificuldade para ter ou manter uma ereção, especialmente se houver pressão alta ou diabetes. Para mulheres, a obesidade pode aumentar o risco da Síndrome de Ovário Policístico e complicações na gestação, como diabetes gestacional. Portanto, é crucial conversar com seu médico para avaliar os riscos e manter um acompanhamento regular.

Meu filho está acima do peso, e agora?

A obesidade infantil apresenta riscos semelhantes aos dos adultos, incluindo diabetes, pressão alta, asma e apneia do sono. Além disso, pode causar problemas adicionais, como crescimento acelerado e puberdade precoce em meninas.

Para lidar com essa situação, é fundamental buscar acompanhamento médico e nutricional. O profissional de saúde poderá ajudar a promover uma dieta saudável, incentivar a prática de atividade física e reduzir o tempo de exposição a telas. Para crianças acima de 12 anos, converse com um médico sobre as opções de medicação disponíveis.

Lembre-se, a obesidade é uma condição de saúde séria, mas com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida e reduzir os riscos associados a ela.